14 de out. de 2009

Distrito 9 (District 9)


Fazia muito tempo que não via uma ficção tão legal... aqui vai a sinopse do site Cinema em Cena:
“A humanidade esperava por um ataque hostil ou por gigantes avanços tecnológicos, nada disso veio. Os alienígenas chegam à Terra como refugiados e se instalam em uma área da África do Sul, o Distrito 9, enquanto os humanos decidem o que fazer com eles. A Multi-National United (MNU) é uma empresa contratada para controlar os alienígenas e mantê-los em campos de concentração e deseja receber imensos lucros para fabricar armas que tenham como "matéria-prima" as defesas naturais dos extraterrestres. Mas a MNU falha na tentativa de fabricação das armas e descobre que para que elas sejam ativadas, o DNA dos aliens é necessário. O tensão entre humanos e aliens aumenta quando Wikus van der Merwe espalha um misterioso vírus que modifica o DNA das criaturas impedindo a poderosa MNU de colocar em prática seus planos de exploração sobre as criaturas de outro planeta. Então o homem que se torna o mais procurado do mundo, tem que fugir, e sem casa e sem amigos, só tem um lugar onde se esconder: Distrito 9."

O fato é que muito além desta simples sinopse o filme coloca em discussão temas caros ao nosso tempo: Os alienígenas chegam à Terra como um bando de imigrantes chineses ou africanos num container e aportam em Joanesburgo ,capital da África do Sul, mortos de fome e desnutridos; vivem aprisionados num gueto muito parecido com uma favela carioca; são explorados pelos nigerianos na base do "mais fraco chuta o cachorro"; são "viciados" em comida de gato que é negociada por traficantes como se fosse (ou é) uma droga... E tudo isso narrado num tom semi-documental que envolve. E tem um ponto muito positivo: a Computação Gráfica, que torna os aliens, chamados de "camarões" (por causa da aparência) figuras plausíveis em que em nenhum momento percebemos tratar de seres virtuais, tamanha a realidade com que são construídos e integrados às ações ao vivo.

(roubei o post do blog do tio ma)

11 de out. de 2009

A Sangue Frio (In Cold Blood) - Truman Capote


Um homem religioso, uma mãe depressiva, um adolescente, uma garota dona de casa, um cachorro amedrontado e dois ladrões frustrados. Esses e outros personagens são os ingredientes chave para o romance jornalístico A sangue frio, de Truman Capote. O livro é uma reportagem investigativa sobre o assassinato de quatro membros da família Clutter, o casal e seus dois filhos caçulas, ocorrido em 1959 na cidade de Holcomb, no Kansas, Estados Unidos.
O autor narra à trajetória dos últimos dias de vida dos Clutter: as idas à igreja, os jantares, as horas em frente ao televisor, os fins de tardes no quintal, as brigas de irmãos, as crises depressivas da mãe, as visitas, os telefonemas e cada passo que as vítimas deram antes de serem brutalmente assassinados. Os detalhes irreparáveis e as cenas precisas descritas no trabalho levam a crer que o autor dedicou longas horas de esforço e talento durante o período de um ano e meio que esteve entre amigos, familiares, vizinhos, policiais e os próprios assassinos das vítimas. No entanto, algo curioso soa forte aos ouvidos: Capote jamais usou gravador ou fez qualquer tipo de apontamento. Eis que surgem os primeiros traços obscuros da obra, que por muitos é considerada um clássico do jornalismo literário.